domingo, 23 de março de 2014

Inspiração em corpo e brilho

Tua vida, desejada por mim, um elixir feito de vontades guardadas em segredo, meu. Segredo que tu sabe, eles sabem, quase o mundo, os mudos, surdos, mortos e os que virão, eles querem. Não preciso de versos, nem das músicas, muito menos de céu e mar, cá estou, a lembrar do teu rosto, da tua charla antiga, dos teus cabelos loiros, e da tua boca marcada em vermelho, ah, tua boca, inspiração de Drummond e que, tão minha quanto não, me atormenta, ela, você e o talvez do beijo que aparece no fim do filme, desse alguém, dos 500 dias contigo, das valsas de terça, um terço de mim, dos Beatles e daquela pizza de agora, tudo teu, teu menina que dança, que me encanta e que me espera entre as portas do armário, boba e linda, mais linda. Me deixa, por três ou quatro segundos, no quarto, em teu corpo, no nosso brilho, me deixa e depois sente, vontade e saudade, gosto, desejo, me deixa ser teu, e vem ser de fato aquela que nos prende, nas conversas, no embalo dos risos, nos planos feitos, desfeitos, sem jeito, eu sigo por ainda tu ainda ser, aquela que virá, e virará o meu modo de ser, ter e ver, o amor, o nosso amor.

sexta-feira, 21 de março de 2014

sexta-feira, 14 de março de 2014

 
Ela veio de repente, meio que no singular, me fez mudar, sentir o querer estar sempre perto, colado, nos risos e nas prosas, nos contos do vigário, na relevância das coisas ditas, em telefone e mente, ela veio pra ficar, chegou, chegou. Nos lábios como labirintos, nessas mil bocas, fiz morada, no carnaval cantando e pulado em quarto, fiz morada, nas vontades do ver, fiz questão de aparecer, de sentir, de até cogitar: vamos ficar, iremos ser. É uma coisa lascada, quebrada, sem junção, mas que no fim, no meio e sendo começo, a gente se gosta, se sente o gosto, do mais mais, do se fazer mulher, ela homem, dois corpos de fogo, em pele, amor e brasa, sol do meio-dia, toda essa semana, tudo o que quero, nada pra depois, nem que seja em todo dia dois, fujo, me escondo, e deixo o resto que não seja ela, pra lá, cá, vem, chega. Na base da semelhança, deveríamos nos juntar, pegar os troços, o terço, aquela surpresa e as algemas, sem me perder, me prender, e te ouvir, ah, ouvir tua voz, tuas histórias inacabadas e minha vontade de ser teu fim, vamos tentar, iremos ter. Lados da carta, nunca duvidei do meu sabor, de que gostei dela desde quando nasceu, tu e aquele sentimento, eu e os verbos, sem ninguém entrar, acabou de começar, chegou, ela fica, muda, me faz tentar, no reverso, volto para labiar e somente aNar (amar).

quarta-feira, 5 de março de 2014

No falar da boca, querendo o resto

Numa junção, do espetáculo, dos versos e da carne, aquele corpo, meu copo e uma taça, terça, dessa e de nossa animação de quadrinhos, nos esquadros e em quarto, querer. Ela morena de foto, dos cabelos marcados de sol e tinta, do calar, em jeito, em não se expressar e só viver, exemplo de companhia, com olhos e boca grandes, quieta boca, desejada boca, ah, só a boca. Esqueço do resto, no falar de letra que saem dos meus dedos, do confessar, do imaginar até o estar no lugar do homem que ela já possui, já se é, sem tem, me jogo na calma, cama, e só olho o colar de mão, de não, meu sim. Sempre se acorda na pressa, vamos, vamos indo, ela ainda espera os fatos que viram, conte os melhores contos, e ela ali só irá rir, mas mesmo assim te confortará, te dirá que está tudo bem, que ela ali, te abraça e roga por juízo e comida, se alimentar de tudo que vem, daquele corpo antes dito, da boca falada no inicio, e do estar longe mesmo sendo perto, ah, mais uma vez, só a quero.
E somos nós ...
A razão de ainda querer o ter, é a mesma de que muitos ainda buscam a cidade de El Dorado. Um mistério, o talvez de nem existir aquilo tudo que se imagina, idolatra, mas que de fato se precisa da certeza, do "sim"que venha, ou do simples "não" desagradável. Percorrer caminhos longos e cheios de armadilhas, o coração e a razão que entram em conflito, no vingar do passado incerto, do futuro que logo ali estar, ele segue, seguro. Ela guarda ouro e cobre, prata, bronze e deleitos, ela construida no meio do nada, se tornara um tudo para um aventureiro, um simples cara que quer toda sua "riqueza" e, mostrar para o mundo inteiro, que ela agora o pertence, toda ela, cada tijolo e sorriso, tudo dele. Depois da conquista, com um orgulho e fortuna de rei, ele voltara, mostrando, erguendo nos braços e publicando fotos em jornais e outdoors, com toda força e fé de que aquilo, aquela cidade conquistada, representada por uma loira mesclada de vontades, e sendo a cidade uma mulher, homem simples ele continua a ser, mas amando de fato aquela que o faz imaginar e descrever tais fatos nunca vividos, mas do mais, bobamente sentidos.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Parte de partes

   
   Como algo derivado do verbo, ela me fez aparecer em espelho, uma semelhança distante da não aparência, de minoria certa, do talvez ser ela. Foram tantas coisas ditas, escritas e até mal entendidas, e a única coisa certa era o jeito de ambos agirem, na musica, no lugar, de onde e com quem se quer estar, dormir. Fome minha, dela talvez, do nome, da charla antiga cuja, que se faz em mim, o mais fácil é assumir, e de noite, qualquer noite, aquela noite, nosso sono, nós, seremos um só, sozinhos, em quase plena amizade. Vamos viajar, velejar no deserto branco, dos teus olhos que brilham e dos dramas expostos, do exagero que supera o poeta e a guerra, numa luta, no colocar para fora o que se sente, mente. Nos pego no dispor, nas sequência das vontades que me calam e que em meio ao sonho, aos planos e a vida que ainda virá, viremos, e ela veio, pra ficar, pra me fazer bem, completo, dela.