Meu dia hoje se fez em metade, como se nada coubesse, o sabor se esvai, e as cores também me deram adeus juntamente com o teu "até breve", como folhas que caem no outono, mas assim, deixando apenas o teu inverno, a janela aberta e minha insuportável abstinência do teu beijo e do te falar e sonhar pós filme, pós nosso petit gateau de sorrisos e verdades. Quando se passa muito tempo caminhando sozinho, o silêncio começa te fazer companhia, e me coloquei com medo das tuas palavras soltas, do querer dançar valsas contigo em meio ao mundo de gente que nos rodeava, e assim, atraquei meu barco em teu colo, findei minha busca por terra firme, apertei o botão do OK, e fiquei, fiquei com toda certeza de que você me faria e traria um bem, sendo assim, meu bem. Vou levantar as mãos, pegar carona na brisa do teu sopro, me regar em saliva, e cultivar o que nunca tem fim, esse sentimento que nos envolve, que em não querer brincar, eu me escondo, e tu, me acha e me faz rei, minha coisa sem explicação, mas que de fato, se faz necessária em meu ser, em não querer outras, mas só tu de fato, criança, mulher, marcada em mim, faz com que, eu, espere em ti.
sábado, 4 de outubro de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
Em segredos dos passos, dos sonhos
As coisas aqui ditas, em verbo e fala, foram
construídas em cima de um talvez amanhã, que de fato, nos faz presente
em vida um do outro, do que virá. Tu me vem de charla antiga, eu,
agasalhado com teus "bons dias", me entrego sem a mínima vergonha, do mais puro, da forma mais
óbvia e alucinante possível, deitando ao sol, girando feito planta, quadrado, rasgado, em rosto, sem resto, contigo. O arcaico se faz no cortejo, e o nosso presente que
realiza e alimenta o futuro, se faz cada vez mais sem rejeição, breve,
bravo, no peito e nos gestos, no teu jeito. Me limito, em legitima ordem
sacra, e guerrilha de coração, dos nossos filhos, e das contradições do
tempo, do querer, e ir, vir, nos vem. Vou me rogar e regar os sentimentos que virão, disso que ainda não sei, dos bons acontecimentos, teus e de mais ninguém, vamos, vemos, e vendemos a parte ruim, quer dizer, jogamos ao mar, ao vento, aos porcos, tuas pérolas e meus poemas, tudo que for preciso, aqui ou em Bolshoi, eu queimo, me disfarço, nos nego, menos que seja o belo, dos lábios. Dança bailarina, de forma rente aos nossos sonhos, dos pedaços que me tocam, dos pecados que vivemos, dos teus pés de porcelana, e daquilo da alma, minha boca e mãos, tudo em junção, um duelo contra o resto, estaremos em vida nos amando, em peito, terço e brisa, eu não mais te quero, pois de certeza, já te tenho.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Zombando dos pecados e do meu acaso, dos dois ou três passos, pedi um drink e um novo alguém, no aqui, me pegando em meio a necessidade suave do pelo menos trocar algumas palavras soltas, das conversas curtas, e do te desejar o melhor do dia, pois de fato, o meu melhor em mim, do meu dia em vida, era pois justamente o velho e simples "oi" que tu nos dava no inicio de tudo, era como o gêneses das boas sensações, coisa de intensidade, da falta de vergonha e de vontade sem igual, único. Me dei sem embrulho, da forma mais clara e direta, em direção de arma fatal, de sentir estar vivo, mas morrer de saudades, em meio tempo de três ou menos minutos fora do alcance, do peito, dos lábios, e das danças sonhadas na cerimônia, de batismo e casório, causados em plenitude perfeita, simetria sem defeitos, ou quase isso. Eu te desenhei na ultima folha do meu caderno, mas em todas as páginas da minha vida. Corrigi vários defeitos, e fiz jus ao dez tirado em matéria dos oitenta anos, do te, nos fazer feliz, felizes, nas lacunas obrigatórias, teu nome preenche o resto, e contigo, sem-tigo, nada é sobra, se completa, tu, me completa. Espero e rogo que tudo se resolva, o mar, a via láctea, os corais e nossos filhos, em dia de quase morte, sem saber dos teus passos, rodopiando no não desejar mais que isso, viver assim, por e com, você, bem assim, no nosso tempo.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Sobrevivendo naqueles dias de descaso com a certeza, você se encontra sem saber onde, um como, ou por um "porque" que seja, derivando do talvez, e de um quem sabe, mas o "se" sempre mais robusto que o resto, que um ateu, tudo em dança, em meio meu. É como contar histórias futuras, uma pele de ouro, falar de casos, coisas, fim do mundo e de crise política, e sem saber, se diz tudo o que viveu, das pérolas e dos porcos, de caminhar na ponte riscada em giz, de espalhar prazer, comida e dor, mas sendo apenas um figurante de seu próprio longa, trama, drama, grama, e clama por um tempo escondido. Não se aguentar mais, chutar o peito, se der, calar e pedir desculpas ao espelho, uma crise de riso, de existência, é o que deve ser feito, enfeitado por ficar e rolar pelo chão, rezando baixinho, pedindo aos deuses que a angústia se vá, se despeça, e no breve adeus, o avesso constrói na avenida casas populares e córregos de sonhos, a mente ainda mente por pavor do ficar só, mas só, se fica sozinho, o ser que não saber ser, estar, viver e por fim rasgar o passado, amar, re-viver.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
De fato, não sei mais o que fazer. Talvez eu pinte toda a Muralha da China com teu nome, aquilo de se rabiscar em caderno escolar, da juventude boba, dos nomes juntos, uma para sempre, por todo sempre, o nosso sempre. Em jeito teu, eu me pego, me faço ser confidente e tenho planos, surtos de emoção, na parte do me adaptar, por aquilo qualquer que venha do teu lado, do ouvir e mastigar, fumar o reggae, conversar com as flores, e viajar pela tela do celular, de Monalisa. Vou te presentear, filtrar teus sonhos, te provar que o que te falta é, meu nome, nossa casa, o Rio, as faturas, os filhos, a farda, os lugares, um verbo e teu, meu, nossos, sorrisos e gritos de loucos, pelo mundo, um pelo outro. Tu me faz ser melhor, no dizer, pelo menos tento, tanto quanto, tento te encantar, encarar,te cantar, contar, e constar que os contos de vidas passadas são pontes só para um fim, o teu você, ser e acontecer no meu futuro, pois em presente, do físico e no peito, tudo eu, teu já é. Amor por ter, querer e ir, finalizar de mais e mãos dadas, no começo, e nisso, nosso gramado vai ver a lua e teus olhos, nossos verbos, de casar nas coisas, nos passaporte, no preencher do vazio e naquilo que te disse em noite, em resto de dias, que seremos bem assim, meu bem, um só.
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