sexta-feira, 27 de julho de 2012

Um bocado de mim

Faz tempo que não digo nada por aqui, é chato não ter o que pensar, viver do ócio não é tão bom quanto parece, já contei telhas e estrelas, revi as noticias do mês, e decorei as falas do filmes, letras de músicas e cordéis, mas essa merda de tempo não passa, se recusa a passar. A imaginação vai a mil, dois ou três amigos, do mais surreais, eu me pego só em ter o meu bem de sempre, aquela dos sonhos, do estar aqui comigo em alto e bobo tom, que, do mais, nada é real, só os beijos, devaneios e sussurros do teu ego seco, molhado em saliva, querido arroz de panela que ferve, e meu interter, é o misturar do mesmo, com feijão, gargalhos e vento. Isso de lutar por uma utopia de direitos, algo criado pela mente que mente, aos poucos, a verdade se vai, e você, lá no meio dos tantos, se sente alguém de verdade, alguém a ser respeitado e querido por muitos, mas não é bem assim, nunca é, o rodo serve para puxar a água, os dedos que dedilham, e a minha boca, fala o que vem na mente que mente mais uma vez, sem me enganar, me passaram o rodo, e eu nem vi, só senti um que me disse a frase do dia: "tu é foda, tu é mais que isso". Aquilo foi bom, talvez nem precisasse de tanto, mas foi bom, ouvir uma frase besta, e se sentir livre estão mais ligados do que se possa imaginar, é, eu sou muito mais do que tudo isso, do que um sistema, do que a crença, do que os verbos, as leis, e os esporros, meio tonto, torto, eu sou mais do que se fez, em qualquer lugar, ninguém se auto intitula, os outros que dizem, e se dizem, deve de ter um algo de sério, deve dever ser óbvio, quer dizer, deveria dever o que se deve, mas para mim, não há uniforme, o que é nudez, fim de mundo, fim de tarde, isso tudo que se destrói, comigo se torna um começo do querer ser o meu eu mesmo, sem nada de novo de novo, e mais uma vez, outra vez, novo, não, sem mudança, nem era para ser, como não foi, com esse tempo parado, sem lamento, não fui quem era, mas depois do não, estou melhor como sou, sem ponto, sem virgula, sem me vender, sem me roubar, só nesse etc e, tal, nesse bocado de mim.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Só me resta, te, nos, amar


Eu sei, aqui é tudo meio igual, aceite os termos, é claro demais, eu sei, escrevo em mão, vão do quarto, em quatro mares, de tudo isso, do que é vindo de dentro, sem me despedir, esse nunca, o ser pra lá, um vem aqui, e deixa eu te beijar, meu coração mandou, um eu te amo de brinde, junto de provas e descasos, nesses rostos estranhos, em esquina, conversando, e agora, meus, teus planos se juntam, nos deixam mais perto, quero, ser cego, teu, bem. Eram três espaços, um buraco tampado com teu nome, gravado em vídeo e pele, selo da alma, nas estrelas do céu de tua boca, eu faço pedidos, aponto e rogo, por essas coisas de quem se apaixona e grita aos mais de mil cantos, contos. Meus passos agora não me deixam por trás, sem limites, não dá mais pra viver assim, o você de mim, me engole, e esses livros, discos, nos curte em lembranças do amanhã, no primeiro andar, décimo degrau, não descer, fica aqui nos meus braços e ouvir, as música que aqui crescem como um broto, cheio do teu escudo, escuto e canto em teu perfume de alecrim, que me faz sorrir, pensar e não mais ir. Me toquei nos teus toques, um segredo de formas, valorizar o teu sono e te esperar acordar aqui, ao, do meu lado, ouso, pago pra ver, presta atenção ou me compra uma dúzia de sorrisos, teus, pés e mãos, vem, te faço carinho. Depois quero, só quero, uma boa vida, vida boa, plantar os teus sonhos, e pela janela dos feriados, vou te olhar e ficar feliz, em dias de chuva, te esquentar, o sol aqui não vem, mas cá estou, em colo, nesse meu apetite de te amar que aumenta assim, num pedido em fresta, festa duma vida inteira, vem, me adoça, em mim maior, nosso lar, só me resta, te, nos, amar.