segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ter o ter, só, contigo

Entre tantos clichês do amor, eu me, te pego no novo, de novo, aqui, fascinado por esse jogo a dois, uma partida só de chegadas, charadas, devaneios e supresas, segundos beijos, único ser, ter. É como viver num ateliê, criando e recriando formas, gestos e dizeres, um nosso, agora, recém-nascido sentimento, colocado em prática, dois projetos sucintos, unidos por mãos e lábios, almas bobas, cegas e loucos amantes, antes, jamais vista, sentida. Ver de, no que veio, do meio da veia, de dentro do eco, ego, daquele verso, dos nossos olhos e dessas teses que tudo defendem, querem e vão no claro, acaso. Para que e para quem eu escrevo de fato não é o mais, mas a melhor, consequência dos segredos expostos nos manifestos populares, vindos dos reinos tão distantes, quanto quero perto, sem ter o ter, por estar em mim, esse caminho meu, seguindo o teu variado riso, meu amor, é vida, o que se é, contigo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Esses sorrisos que são, se fazem, longos e verdadeiros, só existem porque, do mais, no meio mais, o "a gente" sempre está no aqui, em bem, bem aqui, meu bem.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

É tudo claro demais, fácil como dois e dois são cinco, criado em cativeiro, domésticado, lidado como a vida em praias do norte, ventos do sul e poemas entre leste e oeste, só casos de casas que nunca caem, vibram e dançam, amam, querem o teu, nosso mundo que assim, somente se faz, por você estar, em todo, naquele lugar, que bate aqui, no meu peito.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O menos se foi, deu adeus pra nunca mais, no mais, só mais, nesse nosso, mais e mais que sou teu, em trezentas formas e dias, meses, séculos e piscadas dos olhos, teus olhos de neon, invejados por fadas e anjos, amigos, amados, e por mim, bobo, viciado, sou, teu, teu, teu. A vida vive deitada ao meu lado, me beijando a cada amor novo, vindo dos teus lábios, esse amor, nosso amor de antes, inventado, criado por uma, ela, minha deusa, e que, no eu mortal, esse aprendiz de ti teme a perda dos teus meigos, dengos, choros e berros, aquilo vindo de dentro, por fora, em meio, meio de mim. Um dia, duas noites e oito décadas de nada servem, não são, nem vão, colocar-me junto ao teu belo, ser se ser, livro bom, de carne e cobre, me cobre, te cubro, de ouro e mar, por ti e contigo, meu bem, um sempre, teu sempre, em três de cem, um eu estar, te amar.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sou - ser - sei

A urgência dos fatos se fez mais forte, por ali, no aculá daqui, eu fiz o que queria ver, aquilo que não se leêm em letras, tudo era corrido, transposto pelo sangue, negado em olhar, e agora, escrito, estreito. Deve de haver algum segredo por trás das folhas que caem no outono, elas, sem um aviso prévio, se fazem de mortas, de abrigos para tantos, um verbo posto, pago, e por mim entendido, no básico, o porque se coloca na presença, levantando a mão o mais alto possível só pra que visto de longe, eu, o chame. Talvez isso tudo seja sentimental demais para muitos, complexo, ou mais, chato, mas para mim, a verdadeira colocação, seria um escape, nos três angulos existentes, em meio a uma batalha pela conquista do Corredor Polonês, ou até mesmo na varanda de minha casa, essa feição abstrata, em colar naquele que não me ouve, se fazendo de cego, mudo, sentindo em mão, carne, nessa junção de palavras sem nexo, vendo, sigo, quero, aperto o play, seguro a onda e assim faço, o eu funcionante, que me escapo no só: sou, ser, sei.