Sobrevivendo naqueles dias de descaso com a certeza, você se encontra sem saber onde, um como, ou por um "porque" que seja, derivando do talvez, e de um quem sabe, mas o "se" sempre mais robusto que o resto, que um ateu, tudo em dança, em meio meu. É como contar histórias futuras, uma pele de ouro, falar de casos, coisas, fim do mundo e de crise política, e sem saber, se diz tudo o que viveu, das pérolas e dos porcos, de caminhar na ponte riscada em giz, de espalhar prazer, comida e dor, mas sendo apenas um figurante de seu próprio longa, trama, drama, grama, e clama por um tempo escondido. Não se aguentar mais, chutar o peito, se der, calar e pedir desculpas ao espelho, uma crise de riso, de existência, é o que deve ser feito, enfeitado por ficar e rolar pelo chão, rezando baixinho, pedindo aos deuses que a angústia se vá, se despeça, e no breve adeus, o avesso constrói na avenida casas populares e córregos de sonhos, a mente ainda mente por pavor do ficar só, mas só, se fica sozinho, o ser que não saber ser, estar, viver e por fim rasgar o passado, amar, re-viver.