Meu dia hoje se fez em metade, como se nada coubesse, o sabor se esvai, e as cores também me deram adeus juntamente com o teu "até breve", como folhas que caem no outono, mas assim, deixando apenas o teu inverno, a janela aberta e minha insuportável abstinência do teu beijo e do te falar e sonhar pós filme, pós nosso petit gateau de sorrisos e verdades. Quando se passa muito tempo caminhando sozinho, o silêncio começa te fazer companhia, e me coloquei com medo das tuas palavras soltas, do querer dançar valsas contigo em meio ao mundo de gente que nos rodeava, e assim, atraquei meu barco em teu colo, findei minha busca por terra firme, apertei o botão do OK, e fiquei, fiquei com toda certeza de que você me faria e traria um bem, sendo assim, meu bem. Vou levantar as mãos, pegar carona na brisa do teu sopro, me regar em saliva, e cultivar o que nunca tem fim, esse sentimento que nos envolve, que em não querer brincar, eu me escondo, e tu, me acha e me faz rei, minha coisa sem explicação, mas que de fato, se faz necessária em meu ser, em não querer outras, mas só tu de fato, criança, mulher, marcada em mim, faz com que, eu, espere em ti.