Uma só opção de mal-me-quer, era simples, nascer e ser livre, um arbítrio que fosse meu, uma escolha a quem dar, nada além de utopia boba, falsa. Revolta do escarro, cuspo, é meio confuso, respirar o lixo, escutar a lama e dançar em descompasso, um sistema, bilhões de lerdos, alcovas, trovas, tocas e bocas, sem falar, sem gritar, tento, mudo, do mais cuspo, sou escravo. Vou clamar pela santa, um apelo sincero, uma vingança, o me tirar daqui, das entranhas dessa burguesia fedida, que me, se consome em verdades pagas, por sangue e vinténs, me nego a ser filho duma puta pátria, talvez amada, mas ainda sim, ferrenha no que cuspo. Aquele pulso que bate, pulsa, placas no meio do povo, me ame, me deixe, lute-me em sonho de hippie, máscara de cristal, uma foto, dois dados, várias vidas, e aquela capital, dos cinquenta em cinco ficará assim; sem mesa, sem faca, nos vermes do queijo, no fôlego do gato. E eu? como tantos outros dos dois por cento, sigo cego, sigo seguido, sigo desalmado, sem Estado.
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