Sinto saudades dos velhos tempos, nada mais é como antes, nesse antes, um antes, querido antes, ondas, onde o violão, a cerveja e os pensamentos largos, longos me faziam companhia, um quase instante, eterna companhia. Eram boas as tardes de frio e auto-depreciação exagerada, no que diz respeito a mim, o costume de fato, virou costume. Vida sem graça, insossa, mas ótima. Foi tudo bem, de mal, do nada, um tudo clichê demais, mas no fim, eu gostava daquilo, pensava que gostava, fingia que gostava ... acostumei a gostar.Mas sério, por que eu tô contando essa baboseira? e outra: Por que não sou mais como antes? Será que tudo isso é mesmo saudade é só um boba, breve lembrança? Não sei ao certo, mas acho numa quase certeza que a mudança veio nos braços de alguém, duma bela jovem, sonhada e de nome; Ela. Digo isso pois a procurei tanto, e de todas as formas e tamanhos eu a amei antes do primeiro beijo, dum pedido, nesse estar juntos, e tudo isso que se pode um homem tentar, fazer para conquistar uma mulher, a sua mulher, eu tentei, eu fiz, assim, é, eu fiz. O violão agora tirou folga, dorme em sono profundo por cima do guarda-roupas, a cerveja, hoje, serve como enfeite de geladeira, de nada me valem nos fins de semana, e por fim, em começo, os pensamentos largos, longos, foram entregues a uma amada, essa minha amada, dona de sentidos e sentimentos que são de meu agrado, forma de refúgio, mais uma vez amada, pois ela, não mais me é, que só meu tudo.
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