sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Era pra ser, como ainda, será te amar.

Tantas mudanças, iguais, repetidas, duma coisa, não querer, de outra, era ter, talvez ter, e simplismente deixar pra lá, vir pra cá, ver pra crer. Sempre fui o alguem abstrato, aquele desconhecido, aquele que vivia sentado esperando por uma carona em meio aos sentimentos alimentados, alienados, por esmolas de bebidas e de devaneios, uma busca implacável, um tormento familiar, e ainda sim, um costume necessário. Minha vitalidade, validade, minhas histórias, minhas mãos, nada era como antes, tudo de lua e saco cheio, apenas era, era. E isso que chamam de forte, não mais me cabia, cabendo, cabimento. Até que, um dia, aquela menina entra em cena, sina do vestido preto, do corpo delicado e de meu desejo louco, ego, eco que vinha dentro do peito, e a chamava desesperadamente, mas que em vão, pois ela, minha agora rainha não ouvia, e o eu ainda ali, ficara vazio, escuro, e canalha. O mal, o dia de chuva que havia em mim, aquela tarde de domingo, e os outros que me olhavam só, sozinho, aquilo de muito, se ia aos poucos, mas ela não sabia que esse, eu, o cara dos textos, dos cinco por cento, se escondia por trás do nada, de qualquer coisa, qualquer uma, mas que de todas a formas e tamanhos, a amava por dentro, e ainda como antes, não se sabia revelar, sentir ou sair. Foram mil e uma noites mal dormidas, mil e nenhuma outra esquecida, tudo planejado, tudo mal contado, tudo virando meu, e ela, até que fim, no fim, minha. Hoje, em dia e sonho de ambos, vivemos nos ultimos e mais largos espaços destinados a uma paixão dura, sincera, de sangue e vontades, puras, futuras, sérias, invejadas, erguidas, gostosas, e que por nós dois, mais do que nunca, e nunca, apenas, amadas.

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