Coitada de minha alma, que vaga ao lado dos sonhos teus, boba é, pensando ela, que um dia, talvez na madrugada, irá causar algo, algo que se faça, sem cansar, procurar um meio, dois modos, milhões de medos, uma soma do mérito, pedido vindo de beijos, mergulhados na dependência dos teus atos, atores que no fim são ambos, do eu, da alma, e o sonhar, chega, vem, se colocando, conjugado, preso, ao verbo, ao nosso amar.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Um pesadelo tão real quanto um eu arrependido
Pela manhã, um tanto cedo demais, acordei, talvez meio confuso, tentei levantar, colocar os pés no chão, mas minhas forças não atendiam, nada se fez lógico naquele momento, o nascer do sol não estava como os dias que passaram, tempo seco, sem ar, eu estava ainda na cama, é, aquilo, isso tudo cada vez mais se tornara real. Voltar a dormir não era mais uma opção, beliscando-me, percebi que, bem aqui do lado, o pesadelo ainda estara vivo, então senti os ombros pesados, um desconforto vindo da nuca e acabado por entre meus lábios, quese no fim, esses meus olhos, provas do meu sofrimento, beiravam a cegueira, estavam inxados, sem brilho, os dedos da mão pareciam que na noite passada fora amputados, eu não mais os sentia, depois, no pior, veio a dor do peito, aquele rasgar interno, sem motivos claros, nada sólido, mas que logo, sem haver pausa na tal sensação de tortura, a breve lembrança chegou, aquela que me fez sentir o pior, o ultimo de todos os homens, pois em dia nosso, não te tratei como deveria, minha rainha, não estava sorrindo, e meu maior pecado foi fazê-la chorar naquele instante, essa merda de egoismo que me consome se juntara com o meu negar a pedir irrelevância e por isso, até agora, me renego, tento me justificar pelas lágrimas de arrependimento que já se foram, e por não quer mais saber de mal-me-quer, o eu Pierrot ainda chora pelo perdão seu, de você, minha Colombina, diminuido, palhaço, de joelhos, eu, em alto e sincero tom, só te peço, te rogo mil desculpas meu anjo, de qualquer forma, mil desculpas, mil desculpas.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Foi do acaso, uma demora válida, dois ou mil motivos, dependiam só de mim, do eu escrito, metido entre tantos devaneios, segredos, desejos, declarações, revoltas e várias doses de solidão, até um certo ponto final, de interrogação, e mais, do nada, um tudo que fosse simples, degradado e lindo. Acho que o capricho tomou conta dos meus dedos, tudo teclado e rabiscado pelos olhos era vindo de coisas tão banais, casuais para tantos, mas que para um aspirante a escritor como eu, isso de relatos, de cravos e rosas, e de poemas inteiros dentro duma frase, duma só palavra, de ser mais do que meu corpo mostra, uns poréns, e ela, uma lombra de virtudes que não existe, iluminado pelas poças d'agua benta, eu caminho por entre meus pecados e os perdões, dos santos, dos negros, e do meu bléfe que se faz a cada coisa aqui dita. São saias que saem de dentro do quarto sujo, são breves agradecimentos de tantos que me fazem elogios, que desdenham e que no final nem compram, não cospem, e por gostar disso, dizem que sou louco, cego, que cavo covas sem fundo, se inicio, no meu sentido, só se sabe o que é, quem perto, aqui do lado, grudado, comigo vive. O pouco que se tem vem do muito que não quis. As telhas são novas, os muros já estão reforçados, um liso piso, dois quartos, a sala, tudo isso visto como e quando se quer, a cidade pequena, entre o sul de Minas e o norte de Manaus, bem no meio do sorriso alheio, com prédios feitos do brilho das nove luas, e aqula fração de segundos que se pode querer voltar ao fim da Infinita Highway, perto de onde mora Nicanor, pois lá, A casa é sua, e eu, só quero ser como vocês. Isso tudo era para ser um só texto, e na verdade é, mas os que já passaram por aqui sabem que o verbo se faz por vários sujeitos, falo de amor como falo de guerra, é tudo muito relativo, repetido, chato e mais ainda, novo, sangrado e por muitos rejeitado, por minha amada, colocado em prática, por mim, não mais que bobas, doidas, curtas, mas as mais sinceras e duradouras palavras.
Obs: Depois de mais 365 dias escrevendo aqui, quero agradecer a todos que me fazem companhia, aos que me deram apoio para o pontapé inicial e em especial, a mulher que me serve de inpiração e que também faz o papel de moderadora do ENTRE CARMAS E PALAVRAS, Nayara Aires, obrigado meu anjo, sem você nada disso teria sentido, nada disso seria real, nada seria nada. Enfim, um parabéns não só ao escritor mas, aos mais de 17.900 motivos para que eu continue assim, deixando vocês a mercê do que sinto, vivo e talvez sonhe, mais uma vez, obrigado, muito, mas muito obrigado.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
O 'eu te amo' nosso de cada dia
Hoje, sem perceber, lembrei dos velhos tempos, do nosso fim de começo, daquela motivação desconhecida, vinda do meio, consumida pelas entranhas, e você meu anjo, com esse embaralhado de declarações improvisadas, retidas, o você, ali, do mesmo jeito de sempre, toda por fora, dentro de mim, colocada por cima dos meus sonhos e de timidez unica, pois de fato, bochechas avermelhadas e olhos voltados para o chão, mostram que, palavras por mais belas que sejam as vezes, assustam, retiram o ar, te colocam fora do tempo, saem da alma, da ponta da lingua, do medo e do ainda se estar querendo algo, alguém, enfim, sem fim, o meu desculpar se faz por ter sido assim, um lindo, breve, quase tudo exclamado, quase tudo. O simples já não era tão óbvio, tudo de nós se tornara complexo, difundido, certo, sincero, e de pernas curvadas, eu te reverenciava, do mais, não mais como nunca, não dito, é, meu bem, eu te desejara, sei disso porque já era claro que aquele frio na barriga, as dores no peito, o brilhar dos olhos, e um secar de boca, nada disso vinha do fisico, em instantâneo, tudo era feito de sintomas de uma "paixonite" aguda, um tipo sem cura, sem precedente, mas que no fim só teria controle, com três palavras tuas: eu te amo. Por mais que eu lembre de tudo passado, aquilo tudo chorado, gritado, dos nossos sorrisos, esse, isso, nada me faz falta, um todo novo, o nós tentando, criando essa tal felicidade, eu te conto em segredo que antes mesmo do teu dizeres, eu reafirmo para o mundo inteiro que, eu também, eu te amo, no hoje, amanhã e depois do depois, eu, também, te amo.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Olha lá, cá estou a desejar, ela, um ser que desvairadamente se faz lindo, que me invade, pelo canto da porta, entra como um vento forte, aquela brisa vinda do leste, que de nada passa com piedade, não se sente, por eu sentir, me apego ao jeito, peito, cobre e, me cubra de beijos, da alma, de leite. Entre nós, me diz: um par de sonhos serve, ou uma pá de sonhos ao teu lado seria melhor? De fato, o fardo de se, te amar, é essa merda de saudade que não sai de perto, fica por cima, ao lado, e pior, por dentro, pois voltando aos sonhos, na maioria das histórias mal contadas, só se viaja na mente, em, naquilo que convém, que se quer, espera, não não, não se tem. Sei que talvez muita coisa não venha, o suposto, suponho, exponho e ganho, com você nada é como pensado, na verdade nada realmente é, tudo meu, teu, faz de conta, dois contos de réis, algo de porcelana e de repente, ela começa a dançar bonito, um tango, o samba, vários passos e passáros, não sabia o que era aquilo, caindo em abismo de mão dadas com algúem tão meigo, tão isso para mim, e mais e mais eu a amava, como a amava. Nessa ultima junção, dois corpos por um inteiro, nem era mais eu, agora dara lugar ao nosso, aquela soma, o quadro da sala, os sorrisos, as velas, e que no fim, agora, somos noivos, casados, ardentes, amados.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
É do que se é feito, de nada, do nada
Não quero relatar o que aconteceu comigo, sério, não é nada de novo, tudo num belo, bobo e bêbado arco de flores que nascem aos montes, em ar e breve, por debaixo de cabelos, lápis, pontes. Sei que o que digo parece ser confuso, mas nada comparado ao vivido, sem mãos nem bolsos, sigo de pé, sigo seguido, sigo segundo as palavras que são pixadas nos muros e nas lentes dos óculos que não mais servem, para um cego que mendiga na esquina Time Square e literalmente, dorme, deita, treme bem, bem perto da boca de lobo. Talvez eu me queira longe, talvez eu grite por paz mundial, talvez eu escreva, só escreva, quem sabe eu ame, porque já amo, talvez eu tenha fome de ler em braille, e apenas BU! Ficar meio light, talvez eu tenha medos infantis, de sair a noite ou dos monstros que vivem no planalto, por trás da porta, em minha mente, na ponta dos dedos. Na verdade, o que eu quero passar, é dizer que o vagão ainda não passou, passei por uma dieta de algo passageiro idiota, tipo um "Ai se eu te pego", e o que eu quero, é tragar os momentos, mostrar que voltei depois de uns dias, duas horas, um ano, sei lá o que, quanto, sem resenhar, afirmando que o tempo nada se é se não for contato, cantado, sentido, dito e do mais, colocado no meio de nossos carmas e de minhas palavras.
Assinar:
Postagens (Atom)