As coisas aqui ditas, em verbo e fala, foram
construídas em cima de um talvez amanhã, que de fato, nos faz presente
em vida um do outro, do que virá. Tu me vem de charla antiga, eu,
agasalhado com teus "bons dias", me entrego sem a mínima vergonha, do mais puro, da forma mais
óbvia e alucinante possível, deitando ao sol, girando feito planta, quadrado, rasgado, em rosto, sem resto, contigo. O arcaico se faz no cortejo, e o nosso presente que
realiza e alimenta o futuro, se faz cada vez mais sem rejeição, breve,
bravo, no peito e nos gestos, no teu jeito. Me limito, em legitima ordem
sacra, e guerrilha de coração, dos nossos filhos, e das contradições do
tempo, do querer, e ir, vir, nos vem. Vou me rogar e regar os sentimentos que virão, disso que ainda não sei, dos bons acontecimentos, teus e de mais ninguém, vamos, vemos, e vendemos a parte ruim, quer dizer, jogamos ao mar, ao vento, aos porcos, tuas pérolas e meus poemas, tudo que for preciso, aqui ou em Bolshoi, eu queimo, me disfarço, nos nego, menos que seja o belo, dos lábios. Dança bailarina, de forma rente aos nossos sonhos, dos pedaços que me tocam, dos pecados que vivemos, dos teus pés de porcelana, e daquilo da alma, minha boca e mãos, tudo em junção, um duelo contra o resto, estaremos em vida nos amando, em peito, terço e brisa, eu não mais te quero, pois de certeza, já te tenho.
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