sábado, 18 de fevereiro de 2012

Um pesadelo tão real quanto um eu arrependido

Pela manhã, um tanto cedo demais, acordei, talvez meio confuso, tentei levantar, colocar os pés no chão, mas minhas forças não atendiam, nada se fez lógico naquele momento, o nascer do sol não estava como os dias que passaram, tempo seco, sem ar, eu estava ainda na cama, é, aquilo, isso tudo cada vez mais se tornara real. Voltar a dormir não era mais uma opção, beliscando-me, percebi que, bem aqui do lado, o pesadelo ainda estara vivo, então senti os ombros pesados, um desconforto vindo da nuca e acabado por entre meus lábios, quese no fim, esses meus olhos, provas do meu sofrimento, beiravam a cegueira, estavam inxados, sem brilho, os dedos da mão pareciam que na noite passada fora amputados, eu não mais os sentia, depois, no pior, veio a dor do peito, aquele rasgar interno, sem motivos claros, nada sólido, mas que logo, sem haver pausa na tal sensação de tortura, a breve lembrança chegou, aquela que me fez sentir o pior, o ultimo de todos os homens, pois em dia nosso, não te tratei como deveria, minha rainha, não estava sorrindo, e meu maior pecado foi fazê-la chorar naquele instante, essa merda de egoismo que me consome se juntara com o meu negar a pedir irrelevância e por isso, até agora, me renego, tento me justificar pelas lágrimas de arrependimento que já se foram, e por não quer mais saber de mal-me-quer, o eu Pierrot ainda chora pelo perdão seu, de você, minha Colombina, diminuido, palhaço, de joelhos, eu, em alto e sincero tom, só te peço, te rogo mil desculpas meu anjo, de qualquer forma, mil desculpas, mil desculpas.

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