domingo, 24 de abril de 2011

Não querer e demonstrar.

Sem saber o que dizer, o que fazer, o próximo passo, no atraso, te mandarei flores, um cartão, cartaz, de apego, de despedida, descompasso, tu nunca esteve como nunca estarás, o meu bem querer, minha branquela cor de lilás. O amor, o ato, nem se viram, nem se sabem, na vontade, no passado, o certo se faz, a hora de te amar, de sofrimento inexistente, do desejo embutido, incompleto e incapaz. Não vou, não fui, só estou, aqui e a te esperar, com o peito extravasado, o antigo renovado e ainda mais, teu doce necta, escorrendo, entre os dedos, sobre os lábios, sei, sou Orfeu, tu és minha Eurídice, o segundo do tempo, minha amiga mais querida, eu te digo que vamos tentar, sente, olha, ouve, meu coração que ainda, bate, e está batendo, por ti, sem ti, por nós, por nada, até parar.

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