Aquilo tinha que ser, era pra acontecer, e foi. Vida capotada, um empurrão talvez, quatro anos se passam, uma nova chance que fica, se concretiza em questão, lembro, volto, sinto e agradeço. Um tormento de duvidas, mudança de dias, caráter, devoção e pecado, a queda me trouxe um bem, a ferida não mais se mostra, dor de instantes, sorriso de horas, amigos, vinho, familia e porres, no bem e mal, tudo provado em intenso, profundo, novo, e mais uma vez, é, agradeço. No disso, nem sei, eu escrevo e choro, não, não são lágrimas da trama passada, sofrida, mas sim, do que ainda se vem, do não saber da surpresa gostosa de se ter, respirar, e ainda, procurar um motivo, querer e amar, rezar e ouvir, respostas. Sem saber como, eu vou indo, não mais pergunto, nem mais quero saber, já era, foi contado, águas turvas, passadas, um acidente, tragédia que se sabe, mas à um Deus que me deu, chamou, e gritou meu nome, não desistiu de mim, assim eu o devo, rogo, me curvo, e ainda hoje, amanhã, sempre, agradeço.
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